O currículo bilíngue tem sido cada vez mais notabilizado dentro do cenário da educação brasileira. Essa demanda intensifica-se no Brasil a partir da busca por uma educação que visa a sociedade multilíngue e multicultural do século XXI.
Frente a esse panorama atual, García (2007)1 reitera a relação do perfil dos estudantes no cenário mundial e a importância da implementação dos programas bilíngues nas escolas:
Dentro desse contexto, é evidente a importância de transpor o ensino de inglês para um currículo bilíngue interdisciplinar, tendo como base central o repertório diversificado multilíngue e plurilíngue dos estudantes e docentes.
A oferta de materiais didáticos e principalmente a transposição do analógico para o digital por meio de plataformas tem crescido exponencialmente. Todavia, o cenário do ensino de inglês continua enfrentando grandes obstáculos. De acordo com a avaliação feita em 2018 para o exame internacional Pisa com jovens de 15 anos, a OCDE2 (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) destacou que os estudantes brasileiros têm menor desenvolvimento em competências globais pela falta de interação com pessoas de diferentes países e por não terem o domínio de outros idiomas.
Portanto, torna-se necessário desconstruir as práticas individuais e oferecermos um amplo debate acerca das possíveis integrações e colaborações com a comunidade escolar para vencermos esse desafio global.
(1) Cada vez mais, ao redor do mundo, crianças com diferentes perfis e práticas linguísticas compõem a sala de aula. É claro que língua estrangeira, segunda língua, e mesmo programas tradicionais de educação bilíngue não são mais suficientes quando as salas de aula são extremamente heterogêneas linguisticamente. Educação bilíngue tornou-se importante não apenas como uma forma de equalizar os diferenciais de poder entre línguas minoritárias e majoritárias, mas também uma maneira de ampliar o potencial plurilíngue dos alunos e responder ao multilingualismo do mundo. (GARCIA, 2015 p. 235, tradução nossa).
Conexão para integrar competências globais
Cada comunidade escolar possui especificidades conforme seu projeto político pedagógico rico em detalhes e vivências. Sendo assim, uma parceria deve em primeiro lugar entender cada contexto escolar. É mais do que oferecer uma plataforma de conteúdos diversos. Vai além de reuniões esporádicas e observações de aulas isoladas. É necessário inspirar estudantes, educadores e mantenedores para todos serem participantes ativos da construção do currículo escolar integrado e bilíngue.
Com o objetivo da formação dos jovens como sujeitos críticos, criativos e autônomos, criou-se a necessidade de pensarmos em soluções digitais capazes de proporcionar experiências coerentes com as áreas do conhecimento da BNCC para o novo Ensino Médio, visando praticar a cultura da colaboração de maneira bilíngue.
Dessa maneira, as escolas poderão ter a possibilidade de manter o excelente trabalho dentro de suas demandas diárias e estarem seguras de que uma solução parceira focará no desenvolvimento da motivação de sua equipe docente e de seus estudantes por meio de um material integrado com a missão e princípios de cada instituição. Os projetos desenvolvidos pelos estudantes serão destaque em prol da solução de problemas locais e globais.
Precisamos construir narrativas que promovam ações para intensificar a conexão entre estudantes, professores e especialistas com o objetivo de expandir esforços individuais e nos levar à cultura da colaboração (SHIRKY, 2010) para o desenvolvimento da sociedade.
A tecnologia, além de ser um aspecto crucial da vida moderna, nos permite essa conexão, bem como o desenvolvimento de diversas habilidades, como a autonomia de estudar onde e quando pudermos. Quanto mais conectados e nos guiando por conceitos relacionados ao respeito mútuo, mais propensos estaremos para construir uma sociedade baseada em empatia e conhecimento.
O texto acima foi escrito por nosso CEO Bruna Tadross, e retirado do E-book YourAccess to the future, disponível neste link.
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